Reforma Tributária: o que muda para o setor imobiliário e de construção civil?
- marketingsecea
- 19 de nov.
- 2 min de leitura

A Reforma Tributária em andamento no Brasil trará impactos significativos para diversos setores da economia. Um dos mais afetados será o setor imobiliário, especialmente as construtoras, incorporadoras e empresas com foco em aluguel ou venda de imóveis.
Neste artigo, explicamos as principais mudanças e o que você precisa saber para se adaptar com segurança.
1. CBS e IBS: nova estrutura de tributos sobre consumo
A unificação dos tributos federais (PIS e Cofins) em um único imposto, a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), somada ao Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substitui ICMS e ISS, vai alterar profundamente a forma de apuração e pagamento de tributos no setor.
Para empresas da construção civil, isso significa:
Incidência dos novos tributos sobre vendas de unidades imobiliárias;
Necessidade de reorganização de contratos e precificação, considerando a nova carga tributária;
Avaliação da cumulatividade ou não de determinados regimes.
2. Créditos tributários: novos critérios
Uma das mudanças mais relevantes será no sistema de creditamento. A proposta da Reforma busca implementar um modelo de crédito amplo, ou seja, as empresas poderão aproveitar créditos de insumos mesmo que não estejam diretamente ligados à atividade-fim.
Na prática, isso exige:
Revisão do fluxo de compras e contratação de serviços;
Adaptação do sistema contábil para controle preciso dos créditos;
Maior atenção à documentação fiscal para garantir o direito ao crédito.
3. Aluguel e venda de imóveis: o que muda?
A locação de imóveis, hoje isenta de PIS e Cofins, pode ser impactada pela nova CBS. A Reforma prevê uma alíquota reduzida de 70% para esse tipo de receita, o que representa cerca de 7,95% de carga efetiva.
Para quem atua com:
Locação de imóveis próprios, será necessário avaliar o limite de isenção (até R$ 240 mil/ano, com até 3 imóveis);
Venda de imóveis, a tributação dependerá do enquadramento do empreendimento e da estrutura societária.
4. Desafios regulatórios e necessidade de planejamento
Além da carga tributária, o setor enfrentará desafios regulatórios e exigências adicionais, como:
Formalidades em contratos para garantir benefícios fiscais;
Adequações em regimes especiais (RET, Patrimônio de Afetação, etc.);
Revisão da estrutura jurídica e societária, especialmente para quem atua com holdings imobiliárias.
5. O que sua empresa deve fazer agora?
Com todas essas mudanças, a atuação preventiva e estratégica se torna essencial. Empresas do setor imobiliário e da construção civil precisam:
Realizar um diagnóstico tributário detalhado;
Revisar seus contratos e modelos de negócio;
Avaliar o impacto da Reforma sobre a estrutura societária atual;
Considerar o uso de holdings patrimoniais como ferramenta de proteção e planejamento.
Conclusão
A Reforma Tributária representa um novo cenário para o mercado imobiliário com riscos, mas também oportunidades para quem se prepara com antecedência.
Na SECEA, acompanhamos de perto as mudanças e apoiamos nossos clientes na tomada de decisão com segurança jurídica e inteligência fiscal.
Quer entender como sua empresa pode se adaptar à nova realidade tributária? Fale com um dos nossos especialistas.





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